O Halloween, celebrado em 31 de outubro, traz à tona histórias sombrias e, no futebol, essas narrativas se manifestam em forma de “maldições”. Segundo crenças populares, forças sobrenaturais perseguiriam jogadores, clubes e cidades, justificando fracassos e fases ruins. O futebol internacional está repleto de coincidências e superstições que alimentam o imaginário dos torcedores.
Maldições Quebradas
Uma das “maldições” mais comentadas era a que, supostamente, perseguia o atacante Harry Kane. Por muitos anos, o inglês não conquistou nenhum título expressivo, acumulando vice-campeonatos com o Tottenham, incluindo a Champions League de 2019, e frustrações com a seleção inglesa. Sua transferência para o Bayern de Munique parecia reforçar o estigma, com o clube alemão encerrando uma sequência de títulos. Contudo, a maldição foi quebrado na temporada 2024/25, quando Kane conquistou seu primeiro troféu profissional.
O Bayer Leverkusen também enfrentou uma reputação de “amarelamento” em momentos decisivos. O clube ganhou o apelido de “Neverkusen” por sucumbir em finais, especialmente após a temporada 2001/02, quando foi vice-campeão da Bundesliga, da Copa da Alemanha e da Champions League. A “maldição” foi encerrada na temporada 2023/24, com a conquista invicta da dobradinha nacional, embora tenha perdido a final da Europa League para a Atalanta. 
A seleção argentina, sob o comando de Carlos Bilardo, enfrentou uma “maldição” após não cumprir uma promessa feita à Virgem de Copacabana após a conquista da Copa do Mundo de 1986. As eliminações subsequentes em Copas e Copas América alimentaram essa crença até que, em 2018, ex-jogadores retornaram a Tilcara para se redimir. A partir daí, a Argentina conquistou quatro títulos importantes: Copa América (2021), Finalíssima (2022), Copa do Mundo (2022) e Copa América (2024).
Um padrão curioso foi observado nas Copas do Mundo a partir de 2002: os campeões europeus anteriores foram frequentemente eliminados na fase de grupos do torneio seguinte. França (2002), Itália (2010), Espanha (2014) e Alemanha (2018) sofreram com esse “tabu”, que só foi quebrado em 2022, quando a França chegou à final.
O Liverpool também viveu um longo jejum de 30 anos sem conquistar o Campeonato Inglês, encerrado em 2020. O ex-goleiro Bruce Grobbelaar chegou a declarar que uma maldição lançada por um feiticeiro seria a causa, a menos que ele urinasse nas traves de Anfield. O ritual, supostamente cumprido em 2014 e 2019, coincidiu com o fim do período sem títulos.
Eternos Fantasmas?
A “maldição do Alianza Lima” é conhecida na América do Sul: clubes que dividem grupo com a equipe peruana na Libertadores não conseguem ser campeões. Mesmo com um retrospecto modesto na competição, o tabu persiste, afetando até equipes tradicionais como o River Plate.
Outra crença envolve o River Plate: qualquer time europeu que o enfrente em torneios da FIFA estaria fadado a não vencer competições continentais. Exemplos citados incluem as derrotas do River para Juventus e Barcelona em finais de Mundial e Intercontinental, com os clubes europeus apresentando jejuns subsequentes.
Por fim, a “maldição” que assombra a seleção brasileira em Copas do Mundo: as eliminações recentes sempre ocorreram para seleções europeias. Derrotas para França (2006), Holanda (2010), Alemanha (2014), Bélgica (2018) e Croácia (2022) reforçam esse padrão.
Fonte: Lance!
