Rossi, goleiro do Flamengo, pode defender a Seleção Brasileira após naturalização?

O goleiro Rossi, peça importante no Flamengo, está em processo de naturalização brasileira. Com residência no país desde 2023, surge a dúvida se ele poderá defender a Seleção Brasileira futuramente. O ge apurou as regras da FIFA.

A entidade máxima do futebol flexibilizou as regras de mudança de nacionalidade em 2020. Para que um atleta possa atuar por uma nova seleção, ele precisa atender a alguns requisitos. Entre eles estão ter nascido no país, ter pais ou avós nascidos ali, ou ter residido no país por no mínimo cinco anos. O caso de Rossi se encaixa na categoria de naturalização.

É importante ressaltar que, caso um jogador atue em Copas do Mundo ou competições continentais por uma seleção, ele fica permanentemente vinculado àquela nacionalidade. Para mudar, o atleta não pode ter disputado mais de três partidas oficiais pela seleção que pretende deixar antes dos 21 anos. Além disso, a última partida pela equipe anterior deve ter ocorrido há, pelo menos, três anos.

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Embora Rossi já tenha sido convocado para a seleção argentina, ele nunca entrou em campo em uma partida oficial pela equipe. A convocação ocorreu aos 26 anos, para um jogo das Eliminatórias contra a Bolívia, em setembro de 2021.

O processo para a mudança de seleção exige um pedido formal à FIFA, com justificativas e documentos que comprovem a conexão do jogador com o novo país. Rossi tem contrato com o Flamengo até o fim de 2027 e busca estender sua permanência no Rio de Janeiro. O clube apoia o processo de cidadania do goleiro.

Para obter a cidadania brasileira, os pré-requisitos legais incluem capacidade civil, residência no Brasil por no mínimo quatro anos, comunicação em língua portuguesa e não possuir condenação penal. A recomendação profissional e possíveis raízes familiares no sul do país podem acelerar o processo.

Em entrevista recente, o técnico Filipe Luís foi questionado sobre a possibilidade de Rossi defender a Seleção Brasileira. O treinador mostrou-se cético, com bom humor, mas reconheceu a qualidade do goleiro.

Declarações do técnico

“Você imagina um argentino jogando um Mundial pelo Brasil? Não vejo (risos). Mas tem nível. Eu sinceramente não vejo nunca um argentino de nascimento vestindo a camiseta da Seleção. Mas, claro, tem todo o direito do mundo de ganhar o passaporte”, comentou Filipe Luís.

Fonte: Globo Esporte