O universo do futebol feminino demonstra cada vez mais que a garra em campo transcende as quatro linhas. Questões de saúde, especialmente o combate ao câncer, ganham destaque com atletas, clubes e torcedoras, reforçando a importância da conscientização e da prevenção.
Na Seleção Brasileira, a iniciativa de usar fitas rosas em alusão ao Outubro Rosa simboliza o apoio à causa. Especialistas ressaltam que a luta vai além de campanhas pontuais, exigindo o engajamento contínuo de atletas, profissionais de saúde, clubes e sociedade na promoção de informação, prevenção e cuidados com a saúde da mulher.

Atletas enfrentam o câncer
Casos recentes chamaram atenção, como o da jogadora Luana Bertolucci, que superou um linfoma de Hodgkin e retornou aos gramados. Sua recuperação inspira outras mulheres na luta contra a doença.

Em contrapartida, o futebol feminino lamentou a perda da ex-jogadora Suzana Agostini, que faleceu após lutar contra uma forma agressiva de câncer de útero. Sua trajetória e o impacto de sua partida geraram comoção no esporte.

Prevenção e fatores de risco
A Dra. Taciana Mutão, oncologista clínica, destaca a importância de conhecer os fatores de risco para o câncer, divididos entre os imutáveis (idade, histórico familiar) e os modificáveis (estilo de vida). Fatores como tabagismo, consumo de álcool e excesso de peso aumentam o risco de tumores como mama, endométrio e intestino. Para atletas, mudanças na rotina alimentar e ganho de peso podem impactar a saúde, especialmente na menopausa.

Os tumores mais comuns em mulheres, segundo o INCA, são mama, cólon e reto, colo do útero e pulmão. A conscientização e o rastreamento precoce são essenciais para o diagnóstico e tratamento eficazes.
Esporte como aliado na prevenção
A prática regular de atividade física, como o futebol, é um fator crucial na redução do risco de câncer. O esporte contribui para a manutenção do peso ideal, controle da obesidade e melhora do condicionamento físico, elementos que influenciam diretamente na prevenção de diversas doenças.
Atenção à saúde da mulher no esporte
A oncologista ressalta que, apesar da evolução na estrutura médica de alguns clubes, ainda existem desafios no monitoramento da saúde de todas as atletas, especialmente em equipes menores. Exames preventivos como o papanicolau devem ser realizados por mulheres jovens, e o rastreio de mama é recomendado a partir dos 40 anos, ou antes, dependendo do histórico familiar.
Além da atividade física, uma alimentação equilibrada, a abstenção de álcool e tabaco, a proteção solar e o acompanhamento médico contínuo são fundamentais. A recuperação após o tratamento oncológico envolve aspectos físicos e emocionais, exigindo uma reintegração gradual à rotina, com apoio de equipes multidisciplinares.
Diagnóstico e esperança
O diagnóstico de câncer, embora desafiador, não é o fim. A medicina moderna oferece diversas opções de tratamento, com destaque para a imunoterapia e terapias direcionadas, que visam maior qualidade de vida e prognósticos mais positivos. A oncologia atual foca não apenas em prolongar a vida, mas em garantir que os pacientes possam retornar às suas atividades com confiança e bem-estar.
Fonte: Lance!
