Renan Schlickmann detalha plano para o Avaí: “Torcedor perdeu a vontade”

Renan Schlickmann, candidato à presidência do Avaí, detalha propostas focadas em finanças e gestão, criticando a situação atual e buscando resgatar a confiança do torcedor.

O candidato à presidência do Avaí, Renan Schlickmann, da Chapa 2 “O Avaí é Nosso”, concedeu entrevista nesta sexta-feira, apresentando suas propostas de gestão para o clube. As eleições estão marcadas para o dia 9 de novembro.

Schlickmann destacou a necessidade de reequilibrar as finanças do clube como prioridade, afirmando que o foco inicial não será a adoção do modelo de SAF. “O Avaí está num buraco grande. O primeiro semestre vai ser pesado”, declarou.

O candidato criticou a atual gestão, mencionando que o CEO Lucas Pedrozo não faz parte de seu projeto e que a transparência nas finanças será um pilar de sua administração. Ele também sinalizou a intenção de buscar parceiros e reativar a área comercial do clube.

Advertisement

Origem da candidatura e formação da chapa

Renan Schlickmann explicou que sua candidatura surgiu de um movimento de oposição à atual gestão, com a formação da chapa “O Avaí é Nosso” buscando consolidar um nome de consenso. Ele ressaltou sua longa identificação com o clube, desde a infância.

“A figura do Renan significa muito o sentimento do torcedor. Eu tenho 41 anos de idade. Botei meu pé na Ressacada com 4 anos”, afirmou.

Modelo de gestão e comitê administrativo

Schlickmann propõe a criação de um comitê gestor sem remuneração, composto por torcedores com expertise em diversas áreas. O objetivo é dar suporte ao presidente e vice-presidente, evitando a centralização de poder vista em gestões anteriores.

“Não quero centralizar na figura do presidente porque vimos nas outras gestões o que aconteceu”, disse.

Posicionamento sobre SAF e finanças

O candidato reiterou que a SAF não será discutida em um primeiro momento, priorizando a reestruturação financeira. Ele enfatizou a importância de valorizar a marca do clube antes de buscar investidores, criticando a forma como outros clubes fecharam acordos em desespero.

“Muitos clubes, como o co-irmão, no desespero, acabaram entregando de mão beijada porque precisavam de dinheiro. O Avaí é do torcedor. Quem vai definir é o torcedor e o sócio”, declarou.

Base, atletas e uso da categoria de formação

Schlickmann criticou a atual gestão por não ter revelado atletas e ressaltou a importância de investir nas categorias de base. Ele defende dar sequência aos jovens talentos, como o atleta Thayllon, para que ganhem experiência e confiança.

“Precisamos colocar o menino para ter sequência, ganhar confiança, criar casca para aproveitá-lo”, explicou.

Estrutura do futebol e relação com Marquinhos

O candidato indicou a necessidade de reestruturar o departamento de futebol e demonstrou preocupação com a situação atual de Marquinhos, ídolo do clube. Schlickmann planeja conversar com o ex-jogador para definir seu papel na gestão.

“A gente quer contar com ele. Mas ele precisa entender que é um colaborador do clube”, pontuou.

Transparência e controle financeiro

Uma das propostas de Schlickmann é a criação de um portal de transparência no site oficial do Avaí, detalhando receitas e despesas. Ele alertou que o clube não tem condições financeiras para arcar com altos salários e que é preciso renegociar dívidas.

“Tem que falar a verdade, mostrar o que tem de dinheiro e o que pode gastar. Hoje o Avaí não tem condições de pagar três dígitos numa Série B de Campeonato Brasileiro. Não tem”, concluiu.

Planejamento de elenco e contratações

O candidato defende um planejamento financeiro realista para contratações, mesclando atletas experientes com jovens da base e buscando parcerias com outros clubes. Ele criticou contratos de longa duração com jogadores mais velhos e a falta de objetividade nas contratações.

“Vamos contratar pontualmente, mesclando com os meninos da base, dentro da realidade do clube, sem fazer loucura e sem gastar o que não tem”, afirmou.

Sobre o técnico Vinícius Bergantin

Schlickmann expressou dúvidas sobre o trabalho do técnico Vinícius Bergantin, considerando que ele assumiu o clube em um momento delicado. O candidato sugere que a gestão buscará um novo nome para o comando técnico.

“A expectativa é de que ele não fique”, disse.

Fonte: Globo Esporte

Advertisement