O mundo da música e o futebol brasileiro lamentam a perda de Lô Borges, cantor e compositor mineiro, torcedor apaixonado do Cruzeiro. Lô Borges faleceu nesta segunda-feira, deixando um legado musical inestimável e uma profunda conexão com o universo do esporte, especialmente com a Raposa.

A principal ligação de Lô Borges com o futebol é a icônica canção Trem Azul, lançada em 1972. A música, que se tornou um hino informal para a torcida cruzeirense, foi inspirada pelo próprio time celeste. Lô Borges relatou que a melodia surgiu após assistir a jogos do Cruzeiro, como os de craques como Raul, Tostão, Dirceu Lopes, Procópio e Piazza, sentindo a necessidade de compor algo tão grandioso quanto as atuações em campo.
“Quando via o time jogar no Mineirão, eu chegava em casa, pegava o violão e pensava que tinha que ser tão bom quanto àqueles jogadores. Trem Azul foi uma das músicas que fiz inspirado naqueles jogos”, contou o artista em entrevista.
O legado de Lô Borges e o Clube da Esquina
Além de Trem Azul, Lô Borges foi peça fundamental no Clube da Esquina, movimento musical que revolucionou a música brasileira. O álbum homônimo, lançado em 1972, foi aclamado e considerado um dos melhores discos da história da música brasileira. O disco inclui outras pérolas de Lô Borges, como Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, Clube da Esquina nº 2 e Paisagem na Janela.
Nomes como Beto Guedes e Milton Nascimento, também cruzeirenses, integraram o aclamado projeto. A obra de Lô Borges foi marcada pela genialidade de mesclar influências do rock internacional, como a dos Beatles, com a essência da música brasileira e sua mineirice.

A partida de Lô Borges representa a perda de um artista que soube traduzir a paixão pelo futebol em arte, inspirando gerações de músicos e torcedores. Sua música, que ecoará para sempre, demonstra a profunda conexão entre a cultura e o esporte em Minas Gerais e no Brasil.
Fonte: Lance!
