João Soares, ex-74º do mundo nas simples e ex-50º nas duplas, está em Porto Alegre para disputar a Copa Yone Borba Dias, um torneio master internacional. O paulista de Limeira, de 74 anos, exaltou o jovem talento brasileiro João Fonseca, atual número 1 do Brasil e 24º do ranking mundial, aos 19 anos.


Previsão de auge e potencial de Fonseca
Soares acredita que Fonseca tem o potencial para se tornar o melhor do mundo nos próximos anos. “Acho que ele vai chegar, é diferenciado. Já tinha visto ele jogar no Rio de Janeiro. O João já tinha uma pancada diferente dos outros. Ganhou Buenos Aires (neste ano), não jogou tão bem no Rio, mas 2025 foi o ano de ouro dele”, declarou o ex-tenista.
João Fonseca já conquistou o título em Buenos Aires, no saibro, em fevereiro, e mais recentemente o ATP 500 da Basileia, o seu maior torneio até o momento. Ao longo de sua carreira, João Soares somou vitórias expressivas contra nomes como os suecos Stefan Edberg e Mats Wilander, ex-líderes do ranking mundial, e o equatoriano Andres Gomez.
Com sua vasta experiência, João Soares observa uma clara evolução na carreira de Fonseca, pupilo do técnico Guilherme Teixeira, da Yes Tennis.
Evolução física e projeção de carreira
“Ele melhorou muito a parte física, ficou mais rápido, está errando menos. Ele tem os golpes para decidir jogos. Tem 19 anos, não é? O físico dele ainda vai ficar muito bom”, afirmou Soares, que prevê o auge da carreira do tenista carioca.
“Para a gente o nosso auge é sempre depois dos 25, 26 anos, mas o Fonseca com 22 ou 23 será o auge dele. Acho que sim pode chegar ao número 1, o objetivo dele é esse”, completou.
Na Copa Yone Borba Dias, João Soares avançou às semifinais da categoria 70 anos após vencer uma batalha de três horas contra o francês Serge Gresy, ex-líder do ranking mundial na categoria. O brasileiro superou o adversário por 3/6, 6/4 e 7/5.
“Eu sabia que seria muito difícil e se o jogo demorasse seria pior pra mim. Entrei muito ansioso, pensando em muita coisa, meu nome sendo divulgado na imprensa, que o cara foi número 1, que ele não iria cansar. Me perdi no início, mas no segundo set comecei a bater melhor a direita, a agredir, fiz 5 a 2 e achei que iria fechar, mas o cara voltou com tudo e começou a agonia. Fechei 6/4. No terceiro estava morto, pernas pesadas, mas quebrei ali no 6/5”, relatou João.
A competição em Porto Alegre reúne mais de 200 atletas de 10 países.
Fonte: Lance!
