A Espanha se transformou em uma das principais seleções do futebol mundial no século 21. O país conquistou seu único título de Copa do Mundo em 2010, na África do Sul, com uma das equipes mais marcantes da história do futebol moderno. Com toques curtos, posse de bola e domínio técnico absoluto, a equipe comandada por Vicente del Bosque entrou para a história ao coroar a era de ouro do estilo conhecido como tiki-taka.
2010: a consagração do tiki-taka
A Copa do Mundo de 2010 foi realizada na África do Sul, entre 11 de junho e 11 de julho. A Espanha chegou como atual campeã europeia, depois de vencer a Euro 2008 sob o comando de Luis Aragonés, e manteve a base daquele elenco histórico.
O início do torneio foi tenso: uma derrota inesperada para a Suíça, por 1 a 0, na estreia. Mas a reação foi imediata. A Espanha venceu Honduras e Chile para avançar às oitavas de final, e a partir dali mostrou seu melhor futebol. Eliminou Portugal (1–0) nas oitavas, Paraguai (1–0) nas quartas e Alemanha (1–0) na semifinal — todos os triunfos com a marca registrada do time: controle total e paciência até o gol decisivo. 
Na grande final, contra a Holanda, o jogo foi tenso, físico e cheio de faltas. Após 90 minutos sem gols, a decisão foi para a prorrogação. No minuto 116, Andrés Iniesta recebeu de Fàbregas e bateu cruzado para marcar o gol do título. A Espanha venceu por 1 a 0 e conquistou seu primeiro Mundial, com Casillas erguendo a taça.
Craques de uma geração inesquecível da Espanha
A equipe de 2010 é lembrada como uma das mais técnicas e equilibradas da história das Copas. No gol, Iker Casillas foi decisivo, especialmente nas quartas de final. A zaga, formada por Piqué e Puyol, foi praticamente intransponível — a Espanha sofreu apenas dois gols em todo o torneio.
O meio-campo reunia gênios como Xavi Hernández, Andrés Iniesta, Sergio Busquets, Xabi Alonso e David Silva. Na frente, David Villa foi o artilheiro da equipe, com cinco gols. O técnico Vicente del Bosque conseguiu manter a harmonia e o padrão tático que definiu uma era.
O futebol espanhol atingiu seu auge entre 2008 e 2012, conquistando Euro 2008, Copa 2010 e Euro 2012 — um triplete inédito entre seleções nacionais.
A filosofia do toque e o domínio tático
A Espanha de 2010 revolucionou o jogo ao transformar a posse de bola em ferramenta de controle absoluto. O estilo “tiki-taka” baseava-se em passes curtos, movimentação constante e paciência para criar espaços — uma herança direta do Barcelona de Guardiola, que formava a espinha dorsal daquela seleção.
Mais do que vencer, a Espanha encantou. Foram quatro vitórias seguidas por 1 a 0 nas fases finais, um retrato da eficiência e serenidade com que controlava o ritmo das partidas. O gol de Iniesta simbolizou o auge de um projeto de futebol pensado a longo prazo, com base na técnica e na inteligência coletiva.
Campanhas marcantes e frustrações
Antes do título de 2010, a Espanha era conhecida como “a seleção das decepções”. Apesar de revelar craques e ter uma liga poderosa, o país frequentemente caía em fases eliminatórias precoces. O melhor resultado até então havia sido o quarto lugar em 1950.
Após o título, a Espanha manteve o alto nível por mais alguns anos. Conquistou a Eurocopa de 2012, goleando a Itália por 4 a 0 na final, mas a geração começou a declinar após a Copa de 2014, no Brasil, quando foi eliminada ainda na fase de grupos.
Mesmo assim, a base deixada por Xavi, Iniesta, Busquets e Casillas inspirou novas gerações, com nomes como Pedri, Rodri e Gavi carregando o legado técnico e tático dos campeões.
Resumo histórico
A Espanha tem 1 título de Copa do Mundo, conquistado em 2010, na África do Sul. Liderada por Casillas, Xavi, Iniesta e Villa, a equipe encantou o mundo com o estilo tiki-taka e consolidou a era mais gloriosa de sua história. Mais do que um título, a conquista espanhola redefiniu o futebol moderno e inspirou um novo jeito de jogar.
Fonte: Lance!
