O presidente do Corinthians, Osmar Stabile, afirmou nesta quarta-feira que foi o atacante Memphis Depay quem propôs deixar o hotel de luxo custeado pelo clube, cujas despesas mensais chegam a R$ 250 mil. Segundo Stabile, a iniciativa partiu do jogador para ajudar o clube a reduzir gastos, contradizendo informações presentes em uma ata de reunião do Conselho de Orientação (Cori).
Stabile declarou em entrevista coletiva que a decisão partiu de Memphis e que o clube aceitaria o benefício caso o jogador confirmasse a intenção. “Isso aí partiu dele. Disse que ajudaria o Corinthians a reduzir seus gastos. Partiu do Memphis ter conversado isso conosco. A imprensa está dizendo que partiu do Corinthians, mas não foi. Existe um contrato e vamos cumprir do jeito que está. Agora, se o Memphis quiser trazer esse benefício para o Corinthians, aceitaremos de bom grado”, disse o presidente após a derrota do Timão para o Bragantino por 2 a 1.
Versão da Ata
A ata da reunião do Cori, realizada em 29 de outubro e obtida pelo ge, registra uma versão diferente. O documento aponta que o próprio Sr. Osmar Stabile explicou a Memphis a necessidade de o jogador se mudar para uma hospedagem com custo menor.
“Presidente da Diretoria Sr. Osmar Stabile explica que fez reunião com Memphis e explicou sobre a necessidade de o jogador sair do hotel e ir para casa/apto com custo menor”, detalha a ata.
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Dívidas e Transfer Ban
O presidente do Corinthians também mencionou que o clube deve aproximadamente R$ 23 milhões ao jogador holandês, referentes a bônus por metas, luvas e outras pendências contratuais. “Conversamos com eles, não está documentado ainda, mas, assim que houver recursos disponíveis, vamos pagar.”, afirmou Stabile.
Além disso, a diretoria trabalha para solucionar o transfer ban, em vigor desde agosto e que impede o registro de novos jogadores devido a uma dívida de R$ 40 milhões pela contratação de Félix Torres. O clube busca recursos para regularizar a situação até dezembro.
A diretoria obteve autorização do Cori para um empréstimo de R$ 100 milhões, que visa melhorar o fluxo de caixa para pagamento de salários, férias e décimo terceiro, além de quitar o transfer ban. “O Cori deu uma autorização ao presidente do Corinthians caso ele queira fazer (o empréstimo). Já tínhamos autorização para pegar R$ 30 milhões antes e não achamos que era o momento. Tanto é que não fizemos. Agora, temos a autorização de R$ 30 milhões mais R$ 70 milhões para pagarmos férias e décimo terceiro. Tem um monte de coisa vindo aí. Temos essa autorização (do empréstimo). O que for necessário, temos a autorização.”, explicou o presidente.
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Fonte: Globo Esporte