O técnico Abel Ferreira não conteve a emoção após a virada épica do Palmeiras sobre a LDU, que garantiu a equipe na final da Conmebol Libertadores de 2025. Após a vitória por 4 a 0 no Allianz Parque, o treinador português confessou ter chorado e revelou mágoa com parte da torcida.
“Eu ainda não consigo desfrutar das vitórias, eu penso que todos os dias tenho que estar a provar o lugar que eu mereço. Não consigo pensar, não tenho que provar a ninguém. Tenho que provar todos os dias que mereço estar onde estou. Não sei se vou conseguir ser capaz de entregar esse tipo de vitórias porque o futebol tem ganhar perder e empatar, por isso sou tão mal perdedor e quando a a ou o jogo é um sentimento de alívio, agradecer as pessoas que estão comigo, queria abraçar minha filha que não está agora comigo, está em Portugal”, disse Abel.
Alívio e mágoa após eliminação na Copa do Brasil
Abel Ferreira explicou que as críticas e xingamentos recebidos após a eliminação para o Corinthians na Copa do Brasil pesaram em sua decisão sobre o futuro no clube. O treinador tem contrato até o fim do ano e ainda não renovou.
“Família pra mim é base de tudo. Eu chorei e estou a chorar agora, não gosto de mostrar minha parte fraca. Mas é isso mesmo, é um alívio. Isso que eu tenho pra vos dizer; é um alívio”, prosseguiu o técnico, em tom emocionado.
Abel Ferreira cogitou deixar o Palmeiras
O comandante português confessou que os questionamentos da torcida e parte da imprensa o fizeram pensar em deixar o clube. Ele destacou, no entanto, o ambiente interno do Palmeiras.
“Não preciso assinar contrato, a Leila sabe o que eu quero. Eu fiquei muito magoado com aquilo que ouvi de uma parte da torcida, não estava à espera. Por isso, digo Leila: não vale assinar, porque não vou continuar se não houver condições de assinar. Tem clubes que já me ligaram de todos os lados”, contou.
“É duro estar no Brasil. Não pelo clube. Mas porque vocês jornalistas são duros, alguns passam do ponto, e às vezes eu questiono para mim mesmo se é isso que quero continuar. Olhando para o clube estrutura, o Palmeiras para mim é um oásis. Não sei se vamos ganhar títulos ou não, mas a Leila sabe o que quero, os jogadores sabem que gostam de os treinar. Temos cinco anos que penso que seriam cinco meses. Eu gosto de estar aqui”, acrescentou.
“Não preciso ter nada assinado, pra mim basta de boca. No Mundial falei: única coisa que disse a Leila. Agora é altura de continuar a dar alegrias aos nossos jogadores torcedores.
O Palmeiras se prepara para a sua sexta final de Libertadores, contra o Flamengo, no dia 29 de novembro, em Lima, no Peru. O clube busca o inédito tetracampeonato da América.
Fonte: Globo Esporte