O caminho de Ana Sátila rumo à sua quinta participação olímpica em Los Angeles 2028 tem sido desafiador. A atleta brasileira de canoagem slalom, conhecida por sua resiliência, enfrentou um problema de saúde sério que a afastou das competições no início da temporada pós-olímpica de Paris.
No início de junho, Sátila sofreu com fortes dores abdominais devido a uma pedra na vesícula, o que a levou a uma internação de cinco dias na Espanha. A condição a impediu de participar das três primeiras etapas da Copa do Mundo de canoagem slalom, gerando frustração e incerteza.
“Eu não sabia como era esse processo de cirurgia, lesão… Foi a primeira vez na minha carreira que eu deixei de competir. E eu odiei aquela sensação de ficar em casa, assistir todo mundo. Quando eu tive essa crise, esse ano, eu fiquei mentalmente abalada, porque eu amo aquilo ali”, relatou a atleta. 
Recuperação e foco em Los Angeles 2028
Apesar da dor e da possibilidade de ter que adiar os planos, Ana Sátila demonstrou sua força e determinação. A atleta optou por realizar a cirurgia de retirada da vesícula após o Mundial da modalidade, que ocorreu no início de outubro. Mesmo sentindo desconfortos durante competições importantes como a Copa do Mundo da Alemanha e o próprio Mundial, ela conquistou medalhas, mostrando sua garra.
“Eu incomodo todo mundo, na verdade, porque eu tô me sentindo muito bem. Por fora, eu sei que eu tô quase 100%, mas por dentro que é o negócio, a gente tem que esperar o tempo que o médico pediu”, disse Ana Sátila, ansiosa para retornar às pistas.
Apesar de ainda estar em período de recuperação, a canoísta já planeja um retorno gradual às atividades físicas e busca o aval médico para voltar a remar. Seu objetivo principal é se preparar da melhor forma possível para os Jogos de Los Angeles, onde almeja alcançar um desempenho ainda maior após seu quarto lugar em Paris.
Trajetória Olímpica
Ana Sátila já participou de quatro edições dos Jogos Olímpicos: Londres 2012, Rio 2016, Tóquio 2020 e Paris 2024. Sua jornada tem sido marcada por superação, desde a estreia ainda jovem até a pressão de competir em casa e as adversidades trazidas pela pandemia. Em Tóquio, ela fez história ao se tornar a primeira mulher brasileira a chegar a uma final olímpica na canoagem slalom.
Fonte: Lance!
