Ancelotti: Ex-jogadores veem técnico como esperança para o Hexa

Ex-jogadores veem Carlo Ancelotti como esperança para o Brasil encerrar o jejum de 24 anos sem títulos na Copa do Mundo e conquistar o hexacampeonato.

O Brasil se prepara para a Copa do Mundo de 2026 com um incômodo jejum de 24 anos sem o título mundial. A última conquista foi em 2002, e desde então a Seleção Brasileira acumula eliminações marcadas por frustração e instabilidade. Contudo, a chegada do técnico Carlo Ancelotti reacendeu a esperança de um novo ciclo vitorioso e da conquista do hexacampeonato.

Carlo Ancelotti comandando a Seleção Brasileira em jogo.
Carlo Ancelotti em partida da Seleção Brasileira. (Foto: Yuichi YAMAZAKI/ AFP)

Ex-jogadores ouvidos pela reportagem apontam que o trabalho recente de Ancelotti já demonstra evolução. Fábio Santos, ex-lateral do Corinthians, acredita que o time chega como “azarão”, mas vê o cenário com otimismo.

“Eu acho que o Brasil, óbvio que chega como um azarão, mas vejo com bons olhos. Depois da chegada do Ancelotti, a gente já viu uma melhora significativa”, analisou Fábio Santos.

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Fase de Transição na Seleção Brasileira

Após a Copa do Mundo de 2022, a saída de Tite deu início a um período de indefinição na Seleção Brasileira. O time passou por quatro técnicos até a efetivação de Carlo Ancelotti. Ramón Menezes e Fernando Diniz ocuparam o cargo interinamente, seguidos por Dorival Júnior, que buscou trazer estabilidade ao elenco antes da chegada do treinador italiano.

A gestão de Diniz, em particular, foi marcada pela tentativa de manter uma identidade de jogo ofensiva e técnica, mas enfrentou dificuldades em obter resultados consistentes nas Eliminatórias.

Ancelotti Traz Experiência e Liderança

A chegada de Carlo Ancelotti representa uma nova fase para a Seleção. O treinador aposta em uma mescla entre juventude e experiência, com jogadores consolidados na Europa e jovens talentos em ascensão. O principal desafio é converter esse potencial em desempenho convincente em uma competição de alta pressão.

Donizete Pantera, campeão da Libertadores em 1997, elogia o projeto de trabalho e destaca a liderança de Ancelotti como fator decisivo.

“O trabalho está sendo feito. Pelo que o Ancelotti já fez no futebol, sem dúvida, ele tem uma grande experiência já no futebol. Ele vai fazer a cabeça dos meninos e vai dar tudo certo”, afirmou Donizete Pantera.

Jorge Wagner ressalta que, embora a reconstrução pós-mudanças no comando exija tempo, a confiança no trabalho é grande.

“A expectativa é a melhor possível. A gente sabe que tem muita coisa a ser feita, muita coisa a melhorar. Praticamente, a gente está iniciando um novo trabalho com o Carlos. Mas a expectativa é sempre muito boa, grande. O Brasil, sempre quando chega para uma Copa do Mundo, chega como favorito. A gente sabe das dificuldades e tudo o que vai encontrar pela frente”, declarou Jorge Wagner.

Márcio Santos, campeão mundial em 1994, também elogiou a escolha de Ancelotti, enfatizando que a personalidade forte do treinador pode restabelecer a hierarquia e o respeito no grupo.

“O único pecado é que ele chegou um ano antes da Copa. E se ele tivesse chegado no começo dos quatro anos, trabalhando na Seleção, a Seleção já estaria voando. Ele é um vencedor nato. Todo mundo tem respeito por ele no mundo. Infelizmente, os outros treinadores que passaram antes não tinham respeito dos jogadores. Eu tenho certeza que agora, se o jogador for o capitão do time, se ele pisar na bola, o Ancelotti tira ele do time. Com ele não tem essa. Ele tem um respeito muito grande, ele pode fazer o que ele quiser. Então isso é bom pra Seleção. Tirou as cadeiras cativas do time, entendeu? Isso eu acho legal. E ele vai fazer o time funcionar. É claro que, como eu disse, eu espero que em um ano ele consiga fazer muita coisa”, projetou Márcio Santos.

Carlo Ancelotti reunido com Marquinhos e outros jogadores da Seleção Brasileira.
Carlo Ancelotti com o capitão Marquinhos; Seleção deixa a Granja Comary. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

A busca pelo hexacampeonato, que se estende desde 2002, tornou-se uma obsessão nacional. A atual geração carrega o peso da tradição e a responsabilidade de encerrar o maior jejum da história moderna da seleção. O torcedor brasileiro aguarda ansiosamente o retorno do país ao protagonismo mundial.

Fonte: Lance!

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