A busca do Dallas Cowboys pelo sexto Super Bowl se tornou uma saga sem fim. Desde a última conquista ao final da temporada de 1995, a franquia acumula frustrações em playoffs, apesar de um sucesso comercial estrondoso.
Um dos pontos centrais das críticas é a gestão de Jerry Jones, proprietário, presidente e General Manager do time. A concentração de poder em uma única pessoa, embora tenha funcionado nas décadas de 1990, hoje é vista como um risco, especialmente considerando a complexidade do futebol americano moderno.

Jones, aos 83 anos, acumula funções que normalmente seriam distribuídas entre vários executivos. Analistas e torcedores apontam essa centralização como um obstáculo para a tomada de decisões mais eficazes e para a construção de ciclos vencedores consistentes.
A equipe tem apresentado bons resultados na temporada regular, mas as eliminações precoces em playoffs se tornaram uma marca. A derrota para o Green Bay Packers na rodada wildcard em janeiro de 2024 evidenciou problemas táticos e defensivos em jogos de alta pressão.
Gestão e decisões de Jerry Jones sob escrutínio
O sucesso comercial dos Cowboys, impulsionado pelo marketing pioneiro de Jones, é inegável. No entanto, a trajetória esportiva pós-1995 é marcada por altos e baixos, com críticas frequentes à gestão de elenco e às decisões de curto prazo.
Em 2024, o time teve uma temporada decepcionante (7-10), que culminou na demissão do técnico Mike McCarthy. Mesmo com a mudança de comando, o problema fundamental parece residir na cultura de decisão e na filosofia de jogo.
A pressão sobre os Cowboys, apelidados de “Time da América”, é constante. Qualquer erro de gestão se torna manchete, e a necessidade de resultados imediatos pode levar a reformulações apressadas.
O distanciamento de Dallas de um Super Bowl não é resultado de um único fator, mas sim de décadas de decisões corporativas, escolhas técnicas e falta de atitude em momentos cruciais. Para reverter essa situação, a franquia precisaria, idealmente, separar as funções de dono e gestor de futebol americano, além de profissionalizar a tomada de decisão.
Embora os Cowboys continuem sendo uma potência comercial, a história e o peso da camisa exigem mais. A meta deve ser, ano após ano, a disputa pelo Vince Lombardi, com a capacidade de alcançá-lo.
Fonte: Lance!
