O volante Hugo Moura, antes titular absoluto do Vasco na temporada, perdeu sua posição na equipe de Fernando Diniz. O jogador passou a atuar como reserva após ser expulso em partida contra o Fortaleza, tornando-se um dos temas abordados pelo treinador em entrevista coletiva.
Mudança de Status
De janeiro a outubro, Hugo Moura esteve em campo na maioria das partidas do Vasco, sendo ausência apenas em casos de suspensão ou poucas trocas de rodízio. No entanto, após a expulsão contra o Fortaleza, ele se tornou banco nas partidas seguintes contra Bragantino, São Paulo e Botafogo. Contra o São Paulo, sequer saiu do banco, e nos outros dois jogos, entrou apenas quando o placar já estava definido.
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Justificativa do Treinador
Fernando Diniz abordou a questão da sustentação defensiva no meio-campo, negando que a ausência de Hugo Moura seja o único fator para as fragilidades da equipe. Ele ressaltou que Tchê Tchê vinha em boa fase antes de se lesionar e que a entrada de jogadores como Matheus França não necessariamente compromete o equilíbrio.
“A qualquer momento eles podem jogar juntos. Não tomamos o gol só pela ausência do Hugo Moura. O time não vive só de sustentação. O jogador da posição é o Tchê Tchê. Nada impede de jogarem Barros e Hugo juntos. Contra o Fortaleza, o Hugo foi expulso, o Tchê Tchê jogou bem e tivemos sustentação com um a menos. Se for só botar os dois, vamos resolver o problema. Hoje, abrimos o meio de campo”, explicou Diniz.
Desempenho e Adaptação
Em outros momentos da temporada, a dupla de volantes formada por Barros e Hugo Moura foi utilizada e obteve bons resultados, com empates e vitórias. Contudo, Hugo Moura apresentou atuações consideradas abaixo do esperado em jogos contra Palmeiras, Vitória e Fortaleza, partida em que foi expulso.
Diniz também comentou que Hugo Moura e Barros são volantes que tendem a se manter mais recuados, e a organização tática da equipe não dependia exclusivamente de sua presença em campo, mas de um conjunto de fatores. “Não vamos aumentar nossas chances de fazer gol de maneira desorganizada. O Hugo Moura também não é um jogador com esse perfil. Entendo essa leitura de uma ansiedade para fazer o gol, o fruto disso é a desorganização, não cria chance de fazer o gol e oferece para o adversário. Mas não é comum”, afirmou.
O treinador reiterou que a distanciamento das linhas e a má posicionamento de outros jogadores foram fatores mais determinantes nos gols sofridos do que a ausência específica de Hugo Moura. “Não é comum o Hugo Moura nem o Barros passarem a linha da bola, pode até acontecer em um momento em que o time esteja organizado, não há problema o Hugo ou o Barros se projetarem para frente. Nessa hora, estávamos com o time distante (no segundo gol), com os zagueiros para trás, Piton fora de posição, Coutinho fora da posição, Matheus França fora de posição.”
Histórico de Participação
Hugo Moura é o terceiro jogador com mais partidas pelo Vasco em 2025, com 54 jogos, atrás apenas de Léo Jardim e Vegetti. Antes da expulsão contra o Fortaleza, ele era peça fundamental, tendo atuado como volante e até zagueiro em momentos de necessidade, antes das chegadas de Cuesta e Robert Renan.
Fonte: Globo Esporte
