O futebol argentino volta a protagonizar uma história de zebra. Após a conquista inédita do Platense no Apertura, o modesto Independiente Rivadavia fez história ao sagrar-se campeão da Copa Argentina. O clube, apelidado de “Azul do Parque”, superou o Argentinos Juniors nos pênaltis em uma final emocionante, marcada por duas expulsões da equipe campeã.
![](<figure><img src="https://www.ogol.com.br/wimg/n969502b/1375829-com-dispensados-de-river-e-boca-rivadavia-conquista-copa-ine.jpg" alt=""><figcaption></figcaption></figure>)
Trajetória Surpreendente na Copa Argentina
Para quem não acompanha de perto o futebol do país, o nome Independiente Rivadavia pode soar desconhecido. O clube possui pouca tradição na elite argentina, tendo ascendido apenas no ano passado e vivendo seu segundo ano entre os principais times do país. No entanto, essa pouca experiência na primeira divisão não impediu uma campanha histórica de superação.
O Rivadavia se destacou por eliminar adversários considerados favoritos, sempre nas disputas por pênaltis. Em seu caminho, deixou para trás o Platense, outra surpresa da temporada e atual campeão argentino. Nas semifinais, despachou um dos grandes candidatos ao título, o River Plate, também nas penalidades. Na grande decisão, contra o Argentinos Juniors, a equipe mostrou resiliência mesmo com as expulsões de Amarfil ainda no primeiro tempo e Alejo Osella no final da partida. 
Heróis Improváveis em Campo
O contexto épico do título inédito ganhou contornos ainda mais dramáticos com a substituição do goleiro titular, Ezequiel Centurión, um dos destaques da conquista. Seu reserva, Gonzalo Marinelli, tornou-se o herói improvável da final. Marinelli defendeu a penalidade decisiva, e em uma segunda cobrança, após se adiantar, forçou a repetição que culminou na glória do Rivadavia.
Refúgios de Boca e River se Destacam
Para alcançar seu primeiro grande título, o Independiente Rivadavia contou com a performance de jogadores que tiveram passagens por gigantes do futebol argentino, como Boca Juniors e River Plate.
Ezequiel Centurión, o goleiro de 28 anos, é cria da base do River, mas nunca conseguiu se firmar no clube principal, passando por diversos empréstimos. Seu reserva, Marinelli, 36 anos, também tem origem no River, tendo deixado o clube em 2013 sem espaço profissional. Ele encontrou seu espaço mais tarde no Tigre.
O capitão e referência técnica da equipe, Sebastián Villa, teve uma passagem mais marcante pelo Boca Juniors. O jogador colombiano deixou o clube em 2023 em meio a polêmicas e uma condenação por agressão à ex-namorada, passando um período na Bulgária antes de se juntar ao Rivadavia.
Alfredo Berti: O Comandante da Surpresa
No comando técnico, Alfredo Berti, 54 anos, vive seu maior momento como treinador. Curiosamente, Berti também teve uma ligação com o Boca Juniors em sua carreira como jogador, marcada por lesões que encurtaram seu tempo em campo e levaram a um processo contra o clube pela aposentadoria precoce.
Com esses heróis improváveis, o Independiente Rivadavia se junta ao Platense como um estreante argentino na Copa Libertadores da América, com presença confirmada para a edição de 2026. A caminhada surpreendente na Copa Argentina abre portas para o cenário continental.
Fonte: O Gol
