A LaLiga, em conjunto com 36 empresas e organizações dos setores esportivo e audiovisual, enviou uma carta à Comissão Europeia pedindo medidas legislativas eficazes contra a pirataria de transmissões ao vivo. O objetivo é combater o roubo de direitos autorais no esporte e audiovisual.
O documento, endereçado à vice-presidente executiva Henna Virkkunen e ao comissário Glenn Micallef, destaca que as atuais medidas voluntárias não são suficientes para frear a ação das redes piratas, que se mostram cada vez mais sofisticadas e rápidas.
O grupo de entidades propõe a criação de uma lei que obrigue a remoção de transmissões ilegais em até 30 minutos, idealmente antes do término das partidas. Além disso, pedem o bloqueio em tempo real em todos os países da União Europeia e a adoção de políticas de verificação de clientes por parte de intermediários tecnológicos e provedores de hospedagem. 
“A pirataria é a maior ameaça ao esporte neste momento, e nenhuma medida real ou eficaz está sendo tomada para combatê-la. Isso precisa mudar”, afirmou Javier Tebas, presidente da LaLiga, ressaltando a urgência da situação.
Impacto econômico da pirataria no esporte
Os dados apresentados à União Europeia são alarmantes. Em 2024, 81% das transmissões ao vivo ilegais detectadas na Europa não foram retiradas do ar. Menos de 3% foram removidas em menos de 30 minutos.
As perdas anuais para os detentores de direitos somam bilhões de euros: € 2,2 bilhões na Itália, € 1,8 bilhão na Alemanha e € 1,5 bilhão na França. Na Espanha, o prejuízo estimado para os clubes da LaLiga varia entre € 600 milhões e € 700 milhões anualmente.
A Conmebol também tem se mobilizado no combate à pirataria, através de uma parceria com a Aliança Contra a Pirataria Audiovisual (Alianza). O acordo visa intensificar as ações antipirataria e a proteção dos direitos audiovisuais do futebol sul-americano.
A iniciativa conjunta entre LaLiga e outras entidades reforça a necessidade de um esforço coordenado e legislativo para combater um crime que afeta diretamente a sustentabilidade do esporte e do audiovisual.
Fonte: Lance!
