A lutadora Norma Dumont defendeu publicamente suas compatriotas Mackenzie Dern e Virna Jandiroba, que disputaram o cinturão peso-palha no UFC 321. A declaração veio em um momento delicado, após o ex-lutador Din Thomas classificar o embate como ‘insignificante’. Norma, em entrevista exclusiva, abordou as motivações ‘pessoais’ por trás das críticas do comentarista.
Norma Dumont sugeriu que as declarações de Din Thomas podem ter origem em uma falta de identificação ou interesse pessoal com as lutas femininas. ‘Eu acho que pode ser que, para ele, não seja interessante, porque ele não se sinta representado ou não sinta interesse na luta feminina’, analisou Dumont.
Dumont critica arrogância e defende colegas
A lutadora peso-galo criticou veementemente o termo ‘insignificante’ usado por Thomas, defendendo a importância do respeito mútuo no esporte. Ela ressaltou que desvalorizar o trabalho alheio pode indicar uma frustração pessoal e destacou que as lutas de Mackenzie Dern, em particular, raramente são consideradas ‘chatas’. 
“Mas eu acho que, quando você desvaloriza o trabalho do outro, é porque você tem uma frustração pessoal e você tem um problema pessoal. E, outra coisa, falar que (uma luta entre) Mackenzie e Virna ia ser chata ou insignificante é de uma prepotência gigantesca, até porque eu nunca vi uma luta chata da Mackenzie. Então, sei lá, talvez uma frustração pessoal, porque mesmo que vá acontecer uma luta que eu não goste, eu acho que não existe motivo para você desmerecer a luta em si.”, declarou Norma.
O duelo entre Dern e Jandiroba no UFC 321 foi marcado por alta intensidade, com ambas as lutadoras demonstrando excelência tanto na trocação quanto no jiu-jitsu. Ao final dos cinco rounds, Mackenzie Dern saiu vitoriosa por decisão unânime dos juízes, conquistando o cinturão da categoria.
Mackenzie Dern responde às críticas
Após a vitória, Mackenzie Dern abordou a polêmica em entrevista ao ‘The Ariel Helwani Show’. Em vez de retrucar diretamente, ela utilizou o exemplo da disputa pelo cinturão peso-pesado entre Jon Jones e Tom Aspinall para ilustrar seu ponto.
“Jon Jones abriu mão do cinturão e o Tom Aspinall se tornou campeão. O que nós, da divisão peso-palha, temos a ver com isso? As pessoas não podem se aposentar? Não podem subir de categoria? Quando o cinturão está vago, quem mais iria lutar por ele? A Weili já conquistou tudo, ela poderia simplesmente ter se aposentado, mas o UFC precisa ter uma campeã. Então eu não entendo como uma luta por cinturão pode ser considerada insignificante”, refletiu Dern.
A oportunidade de disputar o cinturão surgiu com a saída de Zhang Weili da categoria. A luta entre as brasileiras consolidou mais um título para o Brasil no UFC, após a performance de Dern no UFC 321.
Fonte: Lance!
