A evolução das próteses para atletas paralímpicos transcende a estética, tornando-se uma tecnologia de alto rendimento que redefine limites. Os Jogos Paralímpicos servem como um crucial laboratório para a indústria, impulsionando o aprimoramento contínuo desses equipamentos.


João Batista Carvalho e Silva, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), ressaltou durante a Expo Brasil Paralímpica que as indústrias de próteses utilizam os Jogos Paralímpicos como plataforma para inovar e melhorar seus produtos, com os atletas como principais testadores.
Ele relembrou que, até 1992, atletas brasileiros dependiam de próteses rudimentares, com a primeira utilizada em Jogos pesando 10kg e sendo feita de madeira. Atualmente, as próteses mais avançadas não ultrapassam 1,5kg, demonstrando um salto tecnológico imenso.
Fibra de Carbono e Design Inovador
A introdução da fibra de carbono representou um marco na revolução das próteses esportivas. Este material, conhecido por sua leveza, resistência e flexibilidade, foi originalmente desenvolvido para as indústrias aeroespacial e automotiva.
Um dos modelos mais icônicos dessa nova era é o “Flex-Foot Cheetah”, popularizado por velocistas de elite, que apresenta um design em “J” ou “C” invertido, otimizado para performance em corridas.
Debate sobre Vantagem Tecnológica
A rápida evolução das próteses também levanta discussões sobre a possibilidade de uma “vantagem tecnológica” no esporte paralímpico. João Batista afirma que a ciência está estudando a fundo essa questão.
“É uma discussão para a ciência, né? Eles têm que estudar para ver mesmo, né? Como que é, como que funciona. Sim, a biomecânica é o que vai dizer”, comentou o presidente do CPB, indicando que a definição sobre o impacto real dessas tecnologias no desempenho dos atletas ainda está em andamento.
Fonte: Lance!