Roger Aguilera: Um ano de altos e baixos na presidência do Paysandu

Roger Aguilera completa um ano como presidente do Paysandu com balanço misto: título da Copa Verde contrastando com rebaixamento na Série B e protestos da torcida.

Roger Aguilera completa um ano como presidente do Paysandu, eleito em 5 de novembro de 2024. Sua primeira temporada à frente do clube foi marcada por conquistas e turbulências, incluindo o título da Copa Verde e o rebaixamento na Série B.

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Atraso de salários e primeiras demissões

Logo no início da gestão, Roger Aguilera precisou lidar com o atraso de salários de novembro, dezembro e o 13º de jogadores, comissão técnica e funcionários. O clube também teve que parcelar o pagamento do “bicho” da Copa Verde e da permanência na Série B.

Em campo, o time conquistou a Supercopa Grão-Pará em seu primeiro jogo, mas a instabilidade logo se instalou. O técnico Márcio Fernandes foi demitido em fevereiro, após sete partidas e um empate no Parazão.

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Márcio Fernandes, técnico do Paysandu — Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

Título da Copa Verde e desafios no elenco

Luizinho Lopes assumiu e obteve um bom início, com nove jogos de invencibilidade. No entanto, o elenco considerado “enxuto” e a sequência de quatro competições simultâneas dificultaram o trabalho. Lesões, como a de Rossi, principal contratação, também impactaram o desempenho.

Apesar dos percalços, o time chegou à final do Campeonato Paraense e conquistou o título da Copa Verde contra o Goiás. Contudo, a eliminação na Copa do Brasil e a sequência negativa na Série B levaram à demissão de Luizinho Lopes.

Paysandu conquista penta na Copa Verde — Foto: Paysandu

Trocas no comando e a saída de Felipe Albuquerque

A turbulência também se estendeu aos bastidores. O trabalho do executivo Felipe Albuquerque foi questionado devido à montagem de um elenco enxuto e com contratações de baixo rendimento. Após receber negativas no mercado, Albuquerque foi demitido.

Felipe Albuquerque, executivo do Paysandu — Foto: Matheus Vieira/Paysandu

Terceiro treinador e impacto do transfer ban

Claudinei Oliveira foi contratado, mas também enfrentou dificuldades e um jejum de vitórias. A situação foi agravada pelo transfer ban, que proibiu o clube de contratar jogadores por quase dois meses devido a dívidas com o lateral-esquerdo Keffel. O técnico foi demitido logo após o fim da punição.

Na tentativa de repetir o sucesso de 2024, Márcio Fernandes retornou, mas não obteve os mesmos resultados. Em seu segundo período, conquistou apenas uma vitória em dez jogos, resultando no rebaixamento do Paysandu com três rodadas de antecedência.

Atlético-GO x Paysandu – Série B 2025 — Foto: Bruno Corsino/ACG

Protestos e mudanças no estatuto

A insatisfação da torcida se manifestou em protestos em frente à sede do clube, exigindo mudanças estatutárias, como o direito ao voto para sócios-torcedores. A pressão parece ter surtido efeito, pois o Conselho Deliberativo aprovou a criação de uma comissão para avaliar a participação direta do sócio nas eleições.

Torcida do Paysandu realiza protesta em frente à sede social do clube — Foto: Nicksson Melo/ge

Nova comissão para o futebol

Para gerir os processos de rescisão, renovação e contratações, o Paysandu formou uma nova comissão. O grupo é composto pelos vice-presidentes Márcio Tuma e Diego Moura, o ex-diretor Ícaro Sereni, e os ex-presidentes Alberto Maia e Vandick Lima, buscando reorganizar o departamento de futebol para a próxima temporada.

Paysandu apresenta comissão para coordenar o futebol do clube em 2026 — Foto: Reprodução / Papão TV

Fonte: Globo Esporte

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