Santos: Risco de queda no Brasileiro exige soluções urgentes sem Neymar

Santos na zona de rebaixamento do Brasileirão exige reações sem Neymar. Técnico Vojvoda busca soluções para evitar queda iminente.

O Santos vive um fim de temporada marcado pela tensão. A recente derrota para o Palmeiras manteve o time na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, com apenas sete jogos restantes para o fim da competição.

Cálculos indicam cerca de 50% de chances de queda, e o temor de repetir o trauma de 2023 volta a assombrar a Vila Belmiro.

Neymar joga pouco e o Santos sente falta de protagonismo

A principal esperança da torcida é o retorno de Neymar, que se prepara para voltar a campo. O camisa 10 foi o grande nome da reestruturação santista após a volta ao clube, mas suas constantes ausências têm pesado na campanha. Em 2025, Neymar participou de 22 das 47 partidas do Santos na temporada, pouco menos da metade dos jogos. No Brasileirão, foram 14 jogos, com cinco vitórias, cinco derrotas e quatro empates, e apenas três gols marcados, emplacando um aproveitamento de 45%.

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O dado se torna alarmante quando se faz uma comparação com o desempenho santista sem seu principal craque. Quando não teve Neymar no Brasileirão, o Peixe disputou 17 jogos e somou apenas 14 pontos, amargando um aproveitamento de apenas 27%.

Vojvoda tenta equilíbrio, mas desempenho preocupa

Desde que chegou, o técnico Juan Pablo Vojvoda tenta implementar uma proposta de jogo mais compacta e vertical, mas a irregularidade coletiva continua sendo o maior obstáculo. O Santos é um time que sofre muitos gols, tem dificuldade para controlar o meio-campo e depende demais de lampejos individuais.

O treinador argentino precisa agora encontrar soluções sem saber quando poderá contar com Neymar em plena forma. A missão é clara: fazer o time reagir coletivamente, reduzindo a dependência de um único jogador, por mais decisivo que ele seja.

O calendário apertado adiciona pressão. Às vésperas de visitar o vice-líder Flamengo, possivelmente com Neymar em campo, o Santos ainda enfrentará Palmeiras (novamente), Mirassol e Cruzeiro, todos adversários complicados, seja pelo momento ou pelo histórico recente. Além disso, há duelos diretos com times que também lutam para escapar da zona de perigo, que podem definir o destino do clube.

Em um cenário de equilíbrio e pontuação baixa na parte de baixo da tabela, cada jogo vale mais que três pontos. Perder confrontos diretos pode ser fatal.

Até onde dá para “esperar por Neymar”?

A presença de Neymar em campo é sempre um diferencial, mas esperar por ele pode ser insuficiente. A recuperação física do craque, a nível de ritmo de jogo, é incerta, e a necessidade de uma solução imediata traz uma pressão exacerbada para um jogador que ainda luta contra si mesmo para entregar o que ainda não conseguiu.

Para evitar uma nova queda, o time precisa reagir agora, com ou sem o camisa 10. Vojvoda terá de apostar na força coletiva, na consistência defensiva e em resultados imediatos, especialmente dentro da Vila Belmiro.

O fantasma de 2023 ainda ronda o clube. Um novo rebaixamento, em menos de dois anos, seria um golpe profundo na reconstrução institucional e emocional do Santos. A torcida segue esperançosa por um desfecho heroico, mas a realidade impõe urgência.

Neymar em ação pelo Santos, com a camisa 10 em campo.
Neymar é a esperança, mas sua ausência pesa para o Santos.

Fonte: O Gol

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