Um ídolo se faz em jogos especiais e aparece nos momentos mais críticos de um time. No Palmeiras, Raphael Veiga é este jogador.
Na noite da última quinta-feira, diante da LDU, no Allianz Parque, o meia, que vinha sendo contestado por parte da torcida pela queda técnica nesta temporada, mostrou que ainda pode ser decisivo. Reserva, Veiga saiu do banco aos 18 minutos do segundo tempo para mudar completamente o duelo e garantir a vaga do Palmeiras na final da Conmebol Libertadores contra o Flamengo.
Veiga vira protagonista com gols e assistências
De primeira e sem olhar, Veiga achou Vitor Roque num lançamento perfeito aos 22 minutos. O atacante dominou, limpou a marcação e retribuiu o passe para Veiga fazer o terceiro gol. Aos 36, assumiu a responsabilidade de bater o pênalti que fechou a noite histórica.
“Eu já acertei, falhei em momentos decisivos, mas sempre vou dar minha cara a tapa”, afirmou o meio-campista, de 30 anos.
Retorno por cima após momento de instabilidade
Veiga ressurge no momento em que parecia perder cada vez mais espaço com Abel Ferreira. Antes titular absoluto, inclusive nas duas conquistas anteriores de Libertadores, contra Santos e Flamengo, o armador passou mais tempo na reserva do que em campo na edição de 2025 (três jogos como titular e cinco saindo do banco).
No primeiro jogo da semifinal, em Quito, Veiga teve desempenho bem abaixo do esperado, principalmente para cumprir os pedidos táticos de Abel. O técnico disse claramente na entrevista coletiva que o meia não executou as determinações táticas e o tirou ainda no intervalo da derrota por 3 a 0.
“A missão do Veiga era muito específica: sair e bloquear o número 33 (Leonel Quiñónez) e fechar como terceiro médio quando a bola estava no corredor contrário”, explicou o treinador.
Após a goleada no Allianz Parque, Abel Ferreira admitiu que Veiga não gostou de ter saído.
“Passou dois ou três dias chateado comigo”, disse o treinador, sem perder a chance de elogiar o camisa 23: “Sou muito grato por ter um homem como ele conosco.”
Veiga se aproxima de artilharia histórica na Libertadores
Com os dois gols diante da LDU, Veiga ficou perto de uma marca histórica no Palmeiras. Com 22 marcados, ele está a apenas um de empatar com Rony como o maior artilheiro do Verdão na Libertadores.
Mais do que isso, o meio-campista vai reencontrar o Flamengo na final. Na decisão de 2021, ele marcou o primeiro gol e abriu caminho para a vitória por 2 a 1.
“Só desfrutar, fico feliz de estar cada vez mais na história do Palmeiras”, comentou o jogador, maior artilheiro do clube no século.
Fonte: Globo Esporte
